Manaus | 15 de maio, 2020 | Sexta-feira
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (15) que, na reunião ministerial gravada em 22 de abril, tratou de interferência em órgãos de segurança do governo por causa de insatisfação com sua proteção pessoal.
Ele negou ter falado em ingerência na Polícia Federal para ter acesso a relatórios de inteligência da corporação.
No entanto, a gravação do encontro entregue pela AGU (Advocacia-Geral da União) ao STF (Supremo Tribunal Federal) indica que o mandatário se referia à ingerência na área de inteligência da corporação.
“Eu espero que a fita se torne pública, para que a análise correta venha a ser feita. A interferência não é no contexto da inteligência não, é na segurança familiar. É bem claro, segurança familiar, eu não toco PF na palavra, nem Polícia Federal, na segurança…”, declarou Bolsonaro, em frente ao Palácio da Alvorada.
De acordo com o presidente, quando disse na reunião de abril “por isso vou interferir, ponto final”, ele estava se referindo ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional), ministério comandado pelo general Augusto Heleno e que é responsável por sua proteção.
Apesar de dizer que tratou de interferência na parte da sua segurança pessoal, a transcrição entregue pela AGU traz a palavra PF num contexto de insatisfação com a falta de informações de inteligência.
Repórter: “presidente, o senhor tinha dito que não havia citado Polícia Federal no vídeo, mas a transcrição traz a Polícia Federal”.
Bolsonaro: “tem a palavra PF, duas letras”.
Será que Bolsonaro se referiu a um Prato Feito? pic.twitter.com/n6K95wZeO9
— José Matheus Santos (@matheuscomunica) May 15, 2020
Foto: Folha

