Manaus | 21 de maio, 2020 | Quinta-feira
A defesa de Fabrício Queiroz, amigo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi informada em agosto do ano passado sobre a existência de um inquérito sigiloso da Polícia Federal no Rio de Janeiro que mencionava o policial militar aposentado.
O presidente, naquele mesmo mês, decidiu demitir o então chefe da superintendência da PF no Rio e chegou a tentar emplacar um nome de sua escolha, o que não conseguiu.
Nessa investigação sigilosa, Flávio e Queiroz são citados em relatório federal do Coaf, órgão de inteligência financeira, sobre movimentações suspeitas. Nenhum dos dois, contudo, é alvo da investigação.
As circunstâncias do acesso a esse caso são semelhantes àquelas narradas à Folha de S.Paulo pelo empresário Paulo Marinho, suplente de Flávio no Senado e seu atual adversário político.
Segundo Marinho, em outubro de 2018, um delegado da PF avisou assessores de Flávio que documento em posse da Operação Furna da Onça, à época ainda na fase de investigação sigilosa, havia detectado suspeitas sobre Queiroz.
Nenhum dos dois era alvo da apuração.
Esse novo caso ocorreu em agosto do ano passado, mês em que iniciou a crise entre Bolsonaro e a Polícia Federal em torno da superintendência da corporação no Rio.
Trata-se de uma investigação aberta com base num dos já conhecidos relatórios do Coaf, produzido em julho de 2018, que tem dez personagens principais –entre eles Queiroz e Flávio.
Fonte: Folha de S.Paulo