Manaus | 22 de maio,2020 | Sexta-feira
Durou pouco a ascensão da popularidade digital de Sergio Moro puxada por sua saída do governo Jair Bolsonaro. O ex-ministro da Justiça, que chegou a ultrapassar o presidente no quesito, derreteu rapidamente e abriu caminho para o antigo chefe retomar a dianteira.
Aferido pela consultoria de dados Quaest, o vaivém nas redes sociais mostra que o ex-juiz perdeu mais de 50% da influência alcançada em meio à demissão e às acusações contra Bolsonaro (sem partido), que continua como líder isolado desde o início do levantamento, em janeiro de 2019.
O chamado IPD (Índice de Popularidade Digital), com pontuação que varia de 0 a 100, é medido pela empresa a partir de dados de Twitter, Facebook e Instagram, além de YouTube, Google e Wikipédia.
Com as informações, a Quaest gera uma classificação diária.
Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, Moro interrompeu uma tendência de baixa e disparou no ranking ao deixar o cargo, no dia 24 de abril. Bolsonaro, ao mesmo tempo, despencou.
No dia 28, ainda sob o impacto de sua afirmação de que o presidente tentou interferir na Polícia Federal, o ex-ministro atingiu a nota 62,8, à frente dos 61,5 pontos do presidente.
O cenário foi considerado significativo porque demonstrou um inédito enfraquecimento de Bolsonaro, que perdeu seguidores na época e se viu mais próximo de outros nomes do universo político cujo desempenho é analisado pelo IPD, como o ex-presidente Lula (PT) e o apresentador Luciano Huck (sem partido).