Manaus | 25 de maio, 2020 | Segunda-feira
A divulgação da reunião ministerial de 22 de abril com a supressão de trechos referentes à China não foi suficiente para acalmar o governo. Ala militar e equipe econômica ainda temem uma crise com a potência asiática.
O desgaste na relação entre Executivo e Judiciário preocupa. Por isso, militares e integrantes do time do ministro Paulo Guedes (Economia) consideram ser grande a possibilidade de o conteúdo preservado ser vazado nas próximas semanas.
Na avaliação deles, isso pode criar um incidente diplomático que afetaria a relação comercial entre os dois países.
O ministro do STF Celso de Mello retirou citações à China na gravação. O vídeo foi divulgado na sexta(22) no âmbito do inquérito que apura suposta interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
Segundo relatos feitos à Folha de S.Paulo, nos trechos em negrito, há uma referência pejorativa ao Partido Comunista Chinês, do líder Xi Jinping.
Há também a citação de uma suposta conspiração sobre envolvimento do serviço secreto chinês em crises no continente americano.
A preocupação é que o vazamento das novas críticas possa agravar mais ainda a relação entre Brasil e China. Isso pode afetar a cotação do dólar e os índices da Bolsa.
Fonte: Folha de S.Paulo