Manaus | 25 de maio, 2020 | Segunda-feira
Quarentenas não são um fim em si mesmo, mas uma forma de passar à frente do coronavírus em países onde a transmissão está fora de controle, como o Brasil, disse nesta segunda (25) o diretor-executivo da OMS, Michael Ryan.
O diretor disse que compreende que os países se preocupem com o impacto econômico de medidas de restrição mais extremas, e que o ideal é isolar apenas quem contraiu o vírus ou está sob suspeita.
Para isso, porém, é preciso ter capacidade de testar todos os casos suspeitos, tratar os doentes, rastrear os contatos e colocá-los em quarentena.
É justamente para ganhar tempo para montar essas estruturas que os confinamentos são necessários, afirmou o diretor-executivo.
O diretor afirmou que “a transmissão no Brasil no momento está muito intensa, assim como em outros países da América do Sul, como Chile e Peru”.
Estimativas semanais divulgadas pelo Imperial College, centro de referência no acompanhamento de epidemias, mostram que a taxa de contágio do país esteve acima de 1 nas últimas quatro semanas.
Isso significa que cada pessoa infectada, transmite a doença para mais de uma pessoa, na média, o que faz com que ela acelere sua disseminação.
Na tarde desta segunda, o Brasil registrava mais de 350 mil casos de coronavírus, o segundo maior número no mundo, superando 22 mil mortes.