Manaus | 2 de junho, 2020 | Terça-feira
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que generais que estão no governo de Jair Bolsonaro (sem partido) não representam as Forças Armadas. A declaração de Maia foi feita ao jornalista Tales Faria, no UOL Entrevista da tarde desta segunda-feira (1º).
Vou continuar defendendo a importância da nossa democracia, da nossa liberdade, contra qualquer tipo de visão autoritária. E cobrando a união de todos os que detém o poder no esforço de combater a pandemia, salvar vidas e a nossa economia da recessão. pic.twitter.com/oXcRrIPzJO
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) June 1, 2020
“Um ministro que é general da reserva, ou ainda está na ativa e vira ministro de um governo, ele não representa as Forças Armadas. Elas representam o Estado brasileiro”, disse Maia.
O presidente da Câmara seguiu ressaltando a diferenciação: “Esses ministros representam a política do governo Bolsonaro, legítima.
Eles não podem misturar o histórico, a carreira deles, uma posição política, com o que representam as Forças Armadas. Não podemos criticar as Forças Armadas pelo movimento de um ministro político que foi das Forças Armadas”, completou.
Ataque ao Congresso e STF é inaceitável, diz Maia Em meio à pandemia do novo coronavírus e do consequente impacto econômico causado pela Covid-19, o Brasil ainda sofre com uma crise política.
Para o presidente da Câmara dos Deputados os ataques ao Congresso Nacional e ao STF em manifestações recentes são inaceitáveis.
“Eu acho que, em um momento como esse, em uma pandemia que atinge a todo mundo, que atinge ao Brasil, nós estamos acompanhando movimentos como esse do último domingo que são inaceitáveis.
É inaceitável que faça uma mobilização com respaldo do governo. Ele precisa respeitar as instituições democráticas”, afirmou.
Maia lembrou que muitas das manifestações políticas são estimuladas por notícias falsas.
“Eu fui vítima desde o ano passado desses ataques; hoje é o Supremo, em um movimento gravíssimo. Então nós precisamos organizar as relações dos Poderes com a sociedade.
A maioria absoluta da sociedade, certamente perplexa, não aceita que a gente possa ver movimentos em 2020 contra o Supremo, contra o Congresso, muitas vezes apenas porque diverge ou faz uma crítica numa entrevista como essa”, afirmou, pedindo dureza no combate a tais incidentes.

