8 de Outubro de 2020 | Quinta-feira | Manaus-AM
A Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) cumprem na manhã desta quinta-feira (8), mandados de prisão temporária contra cinco pessoas, além de buscas e apreensões contra seis investigados na segunda fase da Operação Sangria.
Em nova etapa, a operação realiza uma maior apuração sobre a possível organização criminosa instalada dentro do governo do Amazonas, que desviou recursos públicos destinados a pandemia do Coronavírus.
As medidas cautelares, que incluem o sequestro de bens e valores dos investigados, foram determinadas pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e requeridas pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo.
Os investigados são suspeitos de peculato, lavagem de dinheiro e também de promover a dispensa de licitação fora das hipóteses previstas em lei.
O vice-governador, Carlos Alberto (PTB), está entre os alvos dos mandados de busca e apreensão. Outros envolvidos na investigação que não tem o foro por prerrogativa de função terão os nomes mantidos sob sigilo, assim como os autos desta segunda fase da operação.
A compra de 28 respiradores teria movimentado R$ 2,9 milhões. Um laudo pericial da PF atesta sobrepreço de 133,67% na compra feita pela Secretaria de Saúde, com dispensa de licitação, além disso, os respiradores foram fornecidos por uma empresa responsável pela venda de vinhos denominada “Vineria Adega”.
No esquema, uma outra empresa vendeu os respiradores à adega por R$ 2,4 milhões. Os equipamentos foram então repassados ao governo por R$ 2,9 milhões, com superfaturamento de R$ 496 mil que foi registrado pela Controladoria-Geral da União.
Foto: Pedro França/Agência Senado via Wikimedia Commons.
Redação por Yasmim Araújo.