A atriz Marcella Maia, escalada para viver a Morte na próxima novela das 19h “Quanto Mais Vida Melhor” (Globo), denunciou ter sofrido transfobia em Caraíva, Porto Seguro, na Bahia. Em seu Instagram, ela compartilhou fotos, nos stories, de hematomas nas regiões de seu pescoço, ombro e seio.
“Preconceito existe. Se cuidem. Sem chão, sem forças. Tô viva”, escreveu. “Meu corpo não merece isso”, continuou a atriz que ainda incluiu a hashtag “transfobia” na publicação. No registro seguinte, ela exibiu estar na delegacia especializada de atendimento à mulher de Porto Seguro.
Na publicação seguinte, ela compartilhou um comunicado de sua assessoria de imprensa, afirmando que a atriz foi vítima de transfobia. “A violência sofrida pela atriz na última madrugada do dia 22, em Caraíva (BA), trata-se de um caso de transfobia”, diz a nota. “Maia registrou um boletim de ocorrência na delegacia de Porto Seguro, o advogado da atriz já foi contatado e o caso será levado a juízo“, completa o texto afirmando que “a atriz está segura no momento e todas as medidas legais já estão sendo providenciadas”.
Em nota enviada à imprensa, a atriz estava em uma festa de despedida de sua passagem por Caraíva, quando foi intimidada por olhares de homens presentes no local. O texto diz que a atriz decidiu ir embora e então foi abordada por um homem no caminho.
“Foi abordada por um homem que começou a agredi-la, jogou sua cabeça contra o chão, puxou seu cabelo, agarrou seus seios, como se quisesse arrancá-los e chegou a enforcar a atriz enquanto gritava: ‘Você não é de Deus!'”, completa o texto.
Procurada pela reportagem, a delegacia especializada de atendimento à mulher de Porto Seguro não disponibilizou novas informações sobre o boletim. A assessoria de Maia afirmou que o caso já está sendo encaminhado para os advogados da artista.
A atriz despontou como modelo aos 19 e estrelou editoriais de revistas famosas, até fazer uma participação no filme “Mulher Maravilha”, na pele de uma amazona. Transexual, a mineira viu seu corpo mudar quando passou pelo processo de redesignação de sexo em 2012, sem que ninguém soubesse, durante viagem à Tailândia.
“Tinha preconceito comigo mesma, não me aceitava e temia perder oportunidades de trabalho. E por ter passado por várias sessões de exorcismo durante a adolescência acabei me bloqueando”, conta ela, que cresceu em um lar evangélico.
Fonte: FOLHAPRESS
Redação por Bernardo Andrade