Residentes da União Europeia terão que tomar uma dose de reforço em até nove meses depois da segunda dose para que seu certificado Covid continue válido, de acordo com proposta apresentada nesta quinta (25) pela Comissão Europeia.
Regras para os que não residem no bloco devem ser anunciadas na tarde desta quinta.
O novo regulamento interno, cuja entrada em vigor é prevista para 10 de janeiro, após aprovação pelo Conselho Europeu (líderes dos 27 membros), leva em consideração evidências científicas de que a proteção oferecida pelas vacinas contra infecção se reduz após seis meses da segunda dose –e, em menor grau, também para doenças graves e mortes.
Os três meses adicionais são para que os países adaptem suas campanhas de vacinação para dar a terceira dose a todos os que tiverem sua vacinação completa há ao menos seis meses.
As campanhas estão em estágios diferentes no bloco, com alguns países aplicando o reforço apenas para idosos e vulneráveis.
Segundo o comissário responsável por Justiça, Didier Reynders, a Comissão tentará coordenar os membros para que todos ofereçam a terceira dose para os adultos.
De acordo com a Comissão, já foram emitidos 650 milhões de certificados digitais no bloco europeu, e há outros 24 países conectados ao sistema da UE –da América Latina, apenas o Panamá faz parte da lista.
O certificado registra a vacinação com imunizantes autorizados pela EMA (agência regulatória europeia), a recuperação de Covid ou o resultado negativo Para Sars-Cov-2.
No caso de vacinas não autorizadas ainda pelo regulador europeu, como a Coronavac ou a Sputinik, a decisão fica a cargo de cada país do bloco.
A recomendação da Comissão é que viajantes de dentro do bloco que possuem o certificado não sejam sujeitos a restrições adicionais, como quarentenas ou testes.
Os residentes da UE que têm o documento e chegam de fora do bloco terão regras diferentes, de acordo com o risco do país de origem —há quatro faixas, do verde ao vermelho escuro.
Os critérios de classificação vão mudar, para incluir a imunização —serão levados em conta agora a taxa de novos casos por 100 mil habitantes, a porcentagem de habitantes vacinados e a taxa de testes realizados.
Por Ana Estela de Sousa Pinto/FOLHAPRESS
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Redação por Bernardo Andrade