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EUA revisam projeção e dizem que ômicron responde por 58% dos casos de Covid

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O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA anunciou nesta terça-feira (28) que a variante ômicron já respondia por 58,6% dos casos de Covid-19 no país na semana que terminou no sábado (25).

O anúncio da agência vem após uma revisão dos dados divulgados com relação à nova cepa, de 73% para 22% as infecções ligadas à ômicron na semana que se encerrou no último dia 18.

Segundo o CDC, dados adicionais, somados à rápida propagação da variante, estão entre os motivos para a discrepância.

“Recebemos mais dados daquele período, e houve uma redução na proporção da ômicron”, explicou o órgão por meio de porta-voz. “É importante observar que continuamos vendo um aumento contínuo na proporção da ômicron.”

Especialistas consultados pelo jornal americano The New York Times disseram não estarem surpresos com as revisões, já que as estimativas do CDC são suposições aproximadas, com uma ampla possibilidade de valores, conhecidos como “intervalos de confiança”.

Ainda assim, ressaltaram que o trabalho de comunicação sobre a incerteza das estimativas não foi bem feito.

“Os 73% receberam muito mais atenção do que os intervalos de confiança, e eu acho que isso é um exemplo entre muitos nos quais cientistas tentam projetar um ar de confiança sobre o que vai acontecer”, disse ao jornal David O’Connor, virologista na Universidade de Wisconsin-Madison.

Nathan Grubaugh, epidemiologista na Escola de Saúde Pública de Yale, ressaltou ainda que é preciso estar atento que os números são estimativas, não de sequenciamentos confirmados.

“Com a ômicron especificamente, tem sido muito difícil fazer qualquer tipo de projeção, porque tudo está mudando muito rapidamente.”

O fundador do site que agrega pesquisas de opinião FiveThirtyEight, Nate Silver, não poupou críticas ao falar sobre a revisão. Em sua rede social, escreveu que “devemos presumir que o método do CDC é uma porcaria e deve ser ignorado a partir de agora”.

Já o ex-comissário da agência reguladora de remédios Scott Gottlieb ponderou que, se a nova estimativa está correta, ela sugere que uma boa parte das hospitalizações ainda podem ser causadas pela delta.

Antes da chegada da ômicron, a delta respondia pela quase totalidade dos sequenciamentos (99% na semana que se encerrou em 27 de novembro).

Hoje, as infecções se dividem entre a ômicron, que já possui maior fatia com seus 58,6%, e a delta, que está em 41,1%.

A diferença nas estimativas entre as duas variantes pode ainda impactar o tratamento escolhido, pontuou O’Connor ao New York Times.

Um dos grandes desafios do Omicron é a capacidade de a variante impedir dois dos três tratamentos com anticorpos monoclonais, que podem prevenir doenças graves em pacientes com Covid-19.

Gestores de hospitais em Nova York, por exemplo, afirmaram que deixariam de utilizar os dois tratamentos que se mostraram ineficazes contra a ômicron.

“Se ainda há casos de delta, descontinuar [esses tratamentos] significa que todas essas pessoas que poderiam se beneficiar deles não estarão mais recebendo”, explicou O’Connor.

A ômicron, que se alastra com velocidade sem precedentes segundo a OMS, foi sequenciada primeiramente na África do Sul e teve seu primeiro caso confirmado nos EUA em primeiro de dezembro, em um passageiro –completamente vacinado– que voltava do país africano.

Desde então, a cepa se espalhou rapidamente não só pelos EUA, mas em diversas regiões, levando a altas de infecções, cancelamento de voos e temores para as festas de fim de ano.

Os americanos têm enfrentado uma média de mais de 237 mil casos por dia, caminhando para o pico da pandemia, registrado em janeiro deste ano, quando o índice chegou a quase 252 mil casos, de acordo com dados do Our World in Data.

Fonte: FOLHAPRESS 

Foto: Divulgação 

Redação por Bernardo Andrade 

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Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

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