segunda-feira, setembro 8, 2025
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Coreano criador de criptomoeda some após rombo de US$ 40 bilhões

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O Ministério Público sul-coreano solicitou a colaboração da Interpol na segunda-feira (19), para capturar Do Kwon, cofundador do império de criptomoedas Luna e TerraUSD, cuja bolha estourou nesta primavera e desmoronou como um castelo de cartas deixando um buraco de quase US$ 40 bilhões. O pedido ocorre depois que um tribunal sul-coreano emitiu na quinta-feira um mandado de prisão contra ele e outras cinco pessoas ligadas a moedas digitais por uma possível violação dos regulamentos de capital daquele país.

Kwon, de origem sul-coreana, assegurou este fim de semana através das redes sociais que não está “em fuga”, mas disposto a colaborar com “qualquer agência governamental”, e acrescentou que está em processo de articulação de uma defesa “em múltiplas jurisdições”. “Mantivemos um nível extremamente alto de integridade e esperamos esclarecer a verdade nos próximos meses”, escreveu ele.

A procuradoria, segundo o Financial Times, assegura, por outro lado, que o engenheiro informático de 31 anos formado em Stanford, nos Estados Unidos, desativou a unidade da Terraform Labs (a empresa-mãe das criptomoedas) sediada na Coreia do Sul e fugiu para Cingapura no final de abril, coincidindo com o momento em que o desastre financeiro estava decolando.

A Polícia da Cidade-Estado, no entanto, garantiu no sábado passado que Kwon também não estava neste território, conforme relatado pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post.

Mensagem no Twitter

Em suas mensagens no Twitter, o Kwon não revelou seu paradeiro. Pelo contrário, ele se dirigiu à comunidade de investidores em criptomoedas com a seguinte mensagem: “Vou dizer o que estou fazendo e onde estou se: 1) formos amigos 2) tivermos planos de nos encontrar 3) estivermos envolvidos em um jogo web3 baseado em GPS. Caso contrário, você não precisa saber minhas coordenadas GPS.”

As quebras das criptomoedas Luna e TerraUSD (pareada ao valor de US$ 1) em maio deste ano fizeram desaparecer as economias de milhares de investidores. Depois de atingir um preço de quase US$ 100, o valor da Luna teve uma queda de 99% no prazo de 72 horas.

Alguns analistas chegaram a comparar a magnitude desse terremoto no universo cripto com o que a falência do Lehman Brothers em 2008 significou para o sistema financeiro global. O efeito de contágio se espalhou por todo o setor depois que atingiu o pico no final de 2021 e provocou uma resposta urgente dos Estados, que tentam acabar com a selva do reino digital das criptomoedas.

Marco regulatório

A União Europeia concordou em junho com um marco regulatório para limitar as transferências anônimas e tentar estabelecer padrões globais para a supervisão dessas moedas.

A medida das autoridades judiciais sul-coreanas marca um pedido formal à Interpol para colocar Kwon na lista vermelha de avisos, tecnicamente “um pedido às agências de aplicação da lei em todo o mundo para localizar e deter provisoriamente uma pessoa em espera de extradição, entrega ou ação judicial”, segundo o site da agência policial.

A medida consiste em um “aviso” sobre pessoas procuradas em escala internacional, “mas não é um mandado de prisão”. A Procuradoria sul-coreana também exigiu que o Ministério das Relações Exteriores do país cancele o passaporte de Kwon com a intenção de limitar seus movimentos.

O cerco judicial em torno do fiasco de Luna começou na Coreia do Sul no final de maio, logo após seu colapso, com uma investigação do Ministério Público do Distrito Sul de Seul relacionada a duas queixas coletivas apresentadas por dezenas de investidores, que acusam os fundadores da Terraform Labs por enganá-los “com suas moedas algorítmicas defeituosas”.

Fonte: Extra

Foto: Reprodução

Redação por Bernardo Andrade

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Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

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