sábado, outubro 25, 2025
HomeMundoPela primeira vez na história, cientistas encontram uma família de neandertais, incluindo...

Pela primeira vez na história, cientistas encontram uma família de neandertais, incluindo pai e filha

Publicado em

Artigo Relacionado

Filme Ainda Estou Aqui conquista o 1º Oscar para o Brasil

Na noite do dia 02, neste domingo, aconteceu o Oscar 2025, a premiação mais...

Pela primeira vez na história, cientistas encontraram vestígios de um clã de neandertais, incluindo uma família formada por pai e filha. Os achados, publicados na última quarta (19/10) na revista Nature, estavam em caverna da Rússia e foram confirmados por exames de DNA.

Segundo o jornal americano Washington Post, o grupo de humanos primitivos devem ter morrido juntos há cerca de 54.000 anos – talvez de forma trágica, em decorrência da fome ou uma forte tempestade – nas montanhas ao sul da Sibéria. Eles viviam no topo de um penhasco rochoso no final da faixa habitada pelos neandertais do oeste da Europa até o centro da Ásia.

Até hoje não se sabe bem como era organizada a sociedade neandertal. A pesquisa recente sugere que, pelo menos na Sibéria, esses humanos que viveram entre 230.000 e 29;000 anos atrás podem ter formado grupos de 10 a 20 indivíduos.

O estudo recém-publicado foi realizado por uma equipe internacional de cientistas, incluindo o geneticista sueco Svante Pääbo, que ganhou o Prêmio Nobel de Medicina este mês por seu trabalho de mapeamento genético de Homo sapiens e neandertais.

Ao contrário do que se viu em inúmeros sítios arqueológicos descobertos até hoje, estudos do DNA de 11 neandertais encontrados na caverna Chagyrskaya, nas montanhas de Altai, na Sibéria, perto da fronteira com Cazaquistão, Mongólia e China, mostraram que muitos deles eram parentes próximos e que teriam vivido na mesma época, revela o Washington Post.

“A caverna Chagyrskaya é basicamente um ‘fotografia’ de 54.000 anos atrás, quando essa comunidade viveu e morreu nela”, comenta o pesquisador Richard G. Roberts, da Universidade de Wollongong, na Austrália, um dos autores do estudo. citado pelo jornal americano.

Os vestígios da família neandertal forma achados na caverna Chagyrskaya (Foto: Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology/Bence Viola/Divulgação)

 

“Na maioria dos sítios arqueológicos, as coisas se acumulam lentamente e tendem a ser destruídas por animais ou algo do tipo. Você realmente não encontra sítios tão ricos de material. A caverna estava cheia de ossos de neandertais, de animais, artefatos… É uma como uma foto, literalmente congelada no tempo”, comenta o cientista australiano.

O estudo extraiu DNA dos fósseis encontrados em Chagyrskaya e de dois outros neandertais que foram achados em uma caverna próxima para mapear as relações entre os indivíduos e buscar pistas sobre como eles viviam.

A caverna russa está situada no alto de uma colina, com vista para uma planície de inundação onde rebanhos de bisões e outros animais provavelmente pastavam, diz Richard Roberts. Os pesquisadores encontraram ferramentas de pedra e ossos de bisão enterrados ao lado dos restos humanos em Chagyrskaya.

Dados genéticos obtidos de dentes e fragmentos ósseos mostraram que os neandertais incluíam um pai e sua filha, além de dois parentes de segundo grau, possivelmente tia ou tio, sobrinha ou sobrinho, de acordo com o jornal americano. O DNA mitocondrial do pai, que corresponde aos genes passados ​​de mãe para filho, também era semelhante a dois dos outros homens da caverna, informa Roberts, indicando que eles provavelmente tinham um ancestral materno em comum.

Ainda assim, os cientistas afirmam que a amostra genética encontrada na Sibéria é pequena e pode não representar o estilo de vida da sociedade neandertal.

 

 

 

Com informações de Trends BR

Foto: Reprodução

Últimos Artigos

Comissão vai a Belém conferir preparativos para COP30

A Subcomissão Temporária que acompanha os preparativos para realização da COP30 se reuniu pela...

Cepcolu completa quatro meses com quase 2 mil atendimentos e sem fila para cirurgias

O Centro Avançado de Prevenção ao Câncer do Colo do Útero do Amazonas (Cepcolu),...

Com apoio do Governo do Amazonas, pesquisa inclui robótica no processo de ensino-aprendizagem de estudantes da educação básica

Ensinar robótica com o uso de metodologia Problem-based Learning (PBL), que estimula os alunos...

Primeira patente do ILMD/FiocruzAmazônia é concedida pelo INPI, referente a equipamento de análise de material genético em amostras biológicas

O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), por meio do Núcleo de Inovação...

Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

Mais artigos como este

Comissão vai a Belém conferir preparativos para COP30

A Subcomissão Temporária que acompanha os preparativos para realização da COP30 se reuniu pela...

Cepcolu completa quatro meses com quase 2 mil atendimentos e sem fila para cirurgias

O Centro Avançado de Prevenção ao Câncer do Colo do Útero do Amazonas (Cepcolu),...

Com apoio do Governo do Amazonas, pesquisa inclui robótica no processo de ensino-aprendizagem de estudantes da educação básica

Ensinar robótica com o uso de metodologia Problem-based Learning (PBL), que estimula os alunos...