segunda-feira, junho 2, 2025
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Shein é denunciada por trabalhos análogos à escravidão

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Dentro de uma sala abarrotada de tecidos estampados, dezenas de costureiros e artesãos imigrantes se curvam sobre maquinários para confeccionar e embalar peças de vestuário para a Shein, marca chinesa gigante do fast fashion. Os funcionários costuram por horas seguidas e ganham aproximadamente R$ 0,20 por peça produzida, com direito apenas a uma folga mensal, de acordo com investigação da emissora britânica Channel 4.

A fim de revelar o que os preços baixíssimos da etiqueta de moda escondem, o canal enviou um funcionário disfarçado com destino a Panyu, em Guangzhou, na China. Por lá, estão milhares de confecções de moda terceirizadas e a própria sede da Shein.

O funcionário se voluntariou para uma vaga de emprego em uma das fábricas terceirizadas para a confecção de peças para a varejista. Na investigação, a rede de televisão descobriu que, frequentemente, os colaboradores trabalham até 18h por dia e costuram, em média, 500 peças de roupa diariamente.

 

As confecções são distribuídas na China.

 

País onde a gigante do fast fashion tem sede.

 

A maioria dos funcionários é imigrante.

 

Trabalhadores que operam as instalações de confecção têxtil da cidade relataram horas que extrapolam as leis trabalhistas da China. No país asiático, deve-se laborar, no máximo, 40 horas semanais, com o teto de 36 horas extras por mês e uma folga por semana.

Na investigação, alguns costureiros relataram que são imigrantes. Durante as gravações do documentário, batizado de Untold: Inside the Shein Machine (Não cotado: por dentro da máquina Shein, em tradução livre), foram flagradas mulheres lavando os cabelos durante os intervalos do almoço.

 

Muitos trabalhadores relatam jornadas excessivas de trabalho.

 

E ambiente caótico, com muita pressão dos chefes.

 

Os colaboradores são cobrados pela velocidade e perfeição nos acabamentos.

 

As folgas também são restritas, apenas uma mensal.

 

Outra denúncia de exploração dos trabalhadores são as penalizações por erros na confecção ou atrasos. Uma artesã revelou que foi penalizada em dois terços do seu salário.

Em um e-mail para o BoF, a Shein se pronunciou a respeito da denúncia. A empresa afirmou que “leva todos os assuntos da cadeia de suprimentos a sério”. “Ao saber do documentário em vídeo, solicitamos imediatamente uma cópia e, quando recebermos e analisarmos o relatório, iniciaremos uma investigação”, complementou a Shein.

“Temos um Código de Conduta para fornecedores rigoroso, que inclui políticas rigorosas de saúde e segurança e está em conformidade com as leis locais. Se a não conformidade for identificada, tomaremos medidas imediatas”, concluiu.

 

 

 

Redação por Bernardo Andrade

Com informações de Metrópoles

Foto: Reprodução

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Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

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