Manaus | 4 de Novembro de 2019 (Segunda-feira)
O Estadão publicou uma matéria intitulada ‘Deputados federais do PSL usam empresas de fachada para justificar gastos de R$ 730 mil’, no último sábado (2), onde mostra que deputados que compõem o partido fazem o uso indevido de gastos públicos com empresas fantasmas.
Foi identificado que 20 dos 53 deputados do PSL, que foram eleitos com a pauta que traria uma ‘renovação na política’, na verdade, apresentaram à Câmara dos Deputados, pedidos de ressarcimento de R$ 730 mil por serviços prestados em empresas inexistentes.
Um dos deputados citados é o Delegado Pablo (PSL-AM), que de acordo com informações do site, pagou R$ 100 mil a um colega de partido para monitorar e usar as redes sociais do parlamentar, além de cuidar da comunicação.
A consultoria paga foi identificada como de Igor Cordovil, atual secretário-geral do PSL no Amazonas, o local informado nas justificativas de gastos, na verdade, não funciona.
O deputado pediu para que o Estadão entrasse em contato com a assessoria para prestar os devidos esclarecimentos, sendo encaminhado o número de Igor Cordovil. Ao ser questionado sobre o caso, o secretário-geral alegou que não trabalha mais com Delegado Pablo. Após o ocorrido, o Estadão não conseguiu mais entrar em contato com o deputado.
Além de Delegado Pablo (PSL-AM), foram também citados na reportagem os seguintes parlamentares com seus respectivos gastos:
- Julian Lemos (PB) e Heitor (CE) são os primeiros a serem citados na matéria, ambos gastaram R$ 97 mil da verba indenizatória da Câmara para a impressão de informativos e panfletos. A empresa citada é um lava jato, em Riacho Fundo (DF).
- O Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Felipe Francischini (PSL-PR) contratou por R$ 45 mil a uma empresa intitulada ‘Look Estratégias e Marketing’, ao identificar o endereço, o local possui uma faixa de aluga-se.
- Também fizeram o uso da mesma firma Fábio Schiochet (SC) com R$ 12,5 mil e Nereu Crispim (RS) com R$ 4 mil.
O proprietário da empresa entrou em contato com a reportagem e confirmou que a firma não trabalha mais no endereço indicado, porém, não informou qual seria o novo local.
- Professor Joziel (RJ) usou R$ 41 mil com a impressão de jornais na empresa ‘Total Gráfica e Editora’. O endereço citado consta um salão de beleza.
- Aline Sleutjes (PSL) pagou R$ 14 mil por uma consultoria de marketing na ‘Prisma Comércio e Serviço’ que de acordo com a sua assessoria, incluía um levantamento de dados, montagem de banco de imagem e atualização das redes sociais. A empresa fica localizada na periferia de Brasília.
O proprietário da empresa alegou ao Estadão que não conhece a parlamentar.
Confira mais detalhes sobre os gastos, incluindo a resposta dos deputados sobre a reportagem clicando aqui.
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Fonte: Estadão.