Manaus, 8 de janeiro de 2020.
O homem identificado como Reynhard Sinaga, de 36 anos, foi considerado culpado de abusar sexualmente de 48 homens em Manchester, no Reino Unido.
O estudante indonésio atraia as vítimas em casas noturnas, eram levados até o seu apartamento onde ele os drogava e praticava o crime, além de filmar os abusos. Porém, de acordo com a polícia existem evidências de mais pelo menos 190 vítimas do criminoso.
Ele foi condenado à prisão perpétua, com direito a liberdade condicional após cumprir uma pena mínima de 30 anos de prisão.
O julgamento também permitiu que ele fosse identificado pela primeira vez.
O Ministério Público britânico (CPS, ou Crown Prosecution Service) afirmou que Sinaga era “o estuprador com maior número de casos da história jurídica britânica”.
O abusador já estava cumprindo prisão perpétua, com uma pena mínima de 20 anos, pelos crimes pelos quais fora condenado em dois julgamentos anteriores, que ocorreram no verão de 2018 e na primavera passada.
Em quatro julgamentos separados, o cidadão indonésio foi considerado culpado de 136 acusações de estupro, oito acusações de tentativa de estupro, 14 acusações de agressão sexual e uma acusação de agressão com penetração, contra um total de 48 vítimas.
Na audiência, a juíza Suzanne Goddard disse que Sinaga “atacava homens jovens” que queriam “nada mais que uma boa noitada com seus amigos”.
“Na minha opinião, você é um indivíduo altamente perigoso, ardiloso e traiçoeiro que nunca será seguro para a sociedade para ser libertado”, declarou Goddard, acrescentando que a decisão de libertar prisioneiros é tomada pelo Conselho de Liberdade Condicional.
Sinaga esperava os homens saírem das boates e bares antes de levá-los para seu apartamento em Montana House, em Manchester, geralmente oferecendo um lugar para tomar um drinque ou chamar um táxi.
Ele drogava as vítimas e as atacava enquanto estavam inconscientes. Quando acordavam, muitas não tinham lembrança do que havia acontecido.
O estudante, que nega as acusações, alegou que toda a atividade sexual era consensual e que cada homem havia concordado em ser filmado enquanto fingia estar dormindo — estratégia de defesa descrita pela juíza como “ridícula”.
Nos depoimentos lidos no tribunal, uma vítima disse que Sinaga “destruiu uma parte da sua vida”, enquanto outra declarou: “Espero que ele nunca saia da prisão e apodreça no inferno”.
“Tenho períodos em que não consigo me levantar e enfrentar o dia”, acrescentou outra testemunha.
Várias vítimas afirmaram que a provação pela qual passaram teve um sério impacto em sua saúde mental, com alguns desenvolvendo pensamentos suicidas.
Ele foi descoberto em junho de 2017, quando uma das vítimas recuperou a consciência ao ser agredida, luto contra o Sinega e chamou a polícia. Que ao chegar ao local e apreender o celular do homem, descobriu que ele filmava cada um de seus ataques, totalizando várias horas de filmagens.
As condenações de Sinaga estão relacionadas aos crimes que ele cometeu de janeiro de 2015 a junho de 2017, mas a polícia acredita que ele começou a cometer as infrações anos antes.
“Suspeitamos que ele tenha cometido crimes por um período de 10 anos”, afirmou o subchefe de polícia, Mabbs Hussain, que chegou a dizer que a verdadeira extensão dos crimes cometidos por Sinaga nunca seria descoberta.
Fonte: MSN.
Foto: © Divulgação. |Imagem: Reprodução/The Bali Times.
Redação por Débora Almeida