Manaus | 29 de maio, 2020 | Sexta-feira
Com a oposição da Prefeitura de Manaus e ressalvas de especialistas e da Igreja Católica, o governador Wilson Lima (PSC) anunciou a reabertura gradual do comércio e de cerimônias religiosas na capital amazonense a partir da próxima segunda-feira, 1º de junho.
Ao justificar a decisão, Lima citou a queda no número de óbitos em Manaus, o aumento na oferta de leitos para o tratamento da Covid-19 e o fato de que 25 mil dos 32 mil casos confirmados no estado estão recuperados.
“Toda essa reabertura será de forma gradual e seguindo regras de distanciamento, de uso de máscara e da capacidade de ocupação desses estabelecimentos comerciais”, disse Lima na quarta (27), em entrevista coletiva.
Ao seu lado, estava o deputado estadual e pastor da Igreja Universal João Luiz (Republicanos), autor de um projeto de lei aprovado que inclui missas e cultos entre serviços essenciais.
A decisão do governo não inclui o interior, onde os casos de coronavírus crescem mais rápido que em Manaus. Lima afirmou que, nessas cidades, o cronograma de reabertura caberá aos prefeitos.
Além da pressão evangélica, o fator socioeconômico pesou na decisão. Manaus registra o maior desemprego entre as capitais, com uma taxa de 18,5%, segundo o IBGE. O número é do primeiro trimestre, antes da explosão da epidemia.
Até esta quarta, Manaus havia registrado 14.800 casos confirmados (44% do Amazonas), com 1.272 óbitos.
Foto: Secom