Manaus | 3 de junho, 2020 | Quarta-feira
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) classificou integrantes de grupos antifascistas que estão promovendo protestos contra seu governo de marginais e terroristas.
Na porta do Palácio da Alvorada, ele também defendeu retaguarda jurídica para a atuação policial nas manifestações.
“Começou aqui com os antifas em campo. O motivo, no meu entender político, diferente [daquele dos protestos nos EUA].
São marginais, no meu entender, terroristas. Têm ameaçado, domingo [7], fazer movimentos pelo Brasil, em especial, aqui no DF”, disse Bolsonaro na noite de terça-feira (2).
Na segunda-feira (1º), o presidente já havia dito a seus apoiadores que eles não deveriam ir às ruas no domingo (7), como fazem todos os finais de semana, já que, neste, está marcado um ato contra o fascismo e em oposição ao governo Bolsonaro.
“Não podemos deixar que o Brasil se transforme no que foi há pouco tempo o Chile.
Não podemos admitir isso daí. Isso não é democracia nem liberdade de expressão.
Isso, no meu entender, é terrorismo. A gente espera que este movimento não cresça, porque o que a gente menos quer é entrar em confronto com quem quer que seja”, disse Bolsonaro.
Sobre as manifestações antirracistas que se espalharam por diversas cidades nos Estados Unidos depois que um policial branco matou um homem negro, Bolsonaro afirmou que, lá, o racismo é diferente.
“Estados Unidos: lá o racismo é um pouco diferente do Brasil. Está mais na pele. Então, houve um negro lá que perdeu a vida. Vendo a cena, a gente lamenta.
Como é que pode aquilo ter acontecido? Agora, o povo americano tem que entender que, quando se erra, se paga.
Agora, o que está se fazendo lá é uma coisa que não gostaria que acontecesse no Brasil. Logicamente que qualquer abuso você tem que investigar e, se for o caso, punir. Agora, este tipo de movimento, nós não concordamos”, afirmou.
Veja a declaração completa:

