Manaus | Sexta Feira
Os números, já com todos os levantamentos realizados no setor, foram apresentados pelo secretário de Estado da Saúde, Francisco Deodato, nesta sexta-feira (06), um dia após assumir a gestão, compondo a equipe do governador Amazonino Mendes.
Deodato, que esteve à frente da transição do governo, debruçou-se com sua equipe no levantamento dos valores orçamentários, para poder fazer um diagnóstico da área que irá administrar pelos próximos 15 meses.
Os quase R$ 400 milhões, mencionados pelo secretário durante sua solenidade de posse, na quinta-feira, correspondem ao item “Contratos Vigentes”, que estão pendentes de pagamento.
“São precisamente R$ 394 milhões, valores referentes a contratos de gestão, gastos com as cooperativas de saúde, os serviços de coleta de lixo hospitalar, logística aplicada à Central de Medicamentos (Cema) e com gases medicinais”, afirma o secretário.
A maior parte do déficit – R$ 575 milhões – diz respeito a débitos reconhecidos a pagar, realizados no de 2016 e 2017.
Cooperativas de saúde
Em menor valor, estão enquadrados os “Serviços sem Cobertura Contratual”, efetivados de maio a dezembro de 2017, estimados em R$ 178 milhões.
Estes, são referentes a pagamentos das cooperativas de saúde, serviços de esterilização de prontos-socorros e serviços médicos e laboratoriais.
De acordo com o secretário, muitos destes fornecimentos estão descobertos de contratos, seja porque já estão vencidos ou não foram renovados, mas continuam sendo prestados.
Fechando a conta, ficam ainda R$ 87 milhões que estão classificados como “Restos a Pagar”, ainda remanescentes do período de 2012 a 2017, que são processos já empenhados, mas que não foram pagos.
Quadro crítico
Deodato avalia que a situação é bastante crítica e a Susam já estuda uma forma de otimizar os recursos, para tentar resolver a situação.
Ele informa que os contratos serão analisados, revisados e redimensionados.
“Estamos estudando as estratégias de ação mais adequadas. Vamos criar as condições necessárias para enfrentar esse cenário, de forma a honrar os compromissos já postos e receber os que virão. Isso tudo sendo feito de forma correta juridicamente, digna e respeitosa”, afirmou ele, no discurso de posse, na última quinta-feira (05).
O secretário tem realizado visitas às maiores unidades de saúde da capital, verificando in loco os problemas, e tem se deparado com um quadro desolador.
“Ausência de leitos, superpopulação nos hospitais, ambientes insalubres e improvisados e até falta de alimentação são a realidade destas unidades hoje em dia”, ressaltou Deodato.
Fonte: Secom
Foto: BNC